sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O NÉCTAR DOS DEUSE

                        


                          O NÉCTAR DOS DEUSES


Agora meu amor vem até mim que eu tenho um novidade para lhe dizer. Descobri no jardim da vida que há um fruto doce e saboroso, tão precioso como o mel nos favos, ou o leite nos ubres. E o importante é que o fruto quanto mais dele se come, mais dele queremos, como se fosse possível nunca nos fartarmos. Ora, quando se está satisfeito de seu doce algo mágico se dá e de forma divina mesmo tenho que te confessar, fica memória do prazer de seu sumo, que ressuscita de forma inesperada toda a ânsia de tornar a se lambuzar no seu mel. Guarda o mistério desse deleite entre eu e tu, para que a cobiça, força natural no existir dos homens, não arrebate de nós a glória desta descoberta. Quem sabe meu bem seja esse o manjar mesmo dos anjos, dos eleitos, e não fomos escolhidos para dele usufruir. E adivirto-te lembra que há o mal, o nefasto ladrão dos prazeres. E e eu e tu conhecemos do negro âmago da angústia e da dor e por isso mesmo esta minha descoberta não seria o cumprimento da promessa nossa? Aquela que tanto aguardamos alcançar somente suportando o passar dos anos sobre a terra? Ou numa vida além túmulo? Toma um beijo meu e selemos um pacto de segredo nosso do doce fruto do prazer.

                            G
                                                   



                         



3 comentários: