quarta-feira, 16 de março de 2016

"UM POEMA"

POESIA INCOLOR

Já nem um verso,
Consigo arrancar,
Rimas...?
Quem dera!
Exausto estou,
Já nem posso erguer a pena,
Que pena...
As diabinhas das palavras
Se escondem,
Arengam,
Desentendem-se.
E sofro com isso,
Sou servo e não senhor.
Obedeço,
Não sou obedecido.
Atirá-las-ei no papel,
Tal qual pedras num lago,
E deixarei que afundem,
Sem rumo, sem sentido...
Descoradas de susto.


Ivan de Alencar

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